Orquestras de Minas Gerais: aqui também se faz música erudita

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Já postamos aqui em nosso blog sobre bandas mineiras de sucesso, sobre a cena da música eletrônica em MG, sobre a música sertaneja mineira e também sobre o Clube da Esquina, um dos movimentos musicais mais famosos da história da música brasileira e que surgiu em BH.   

Neste post, vamos abordar a música erudita de Minas Gerais, apresentando algumas das principais orquestras do estado. Afinal, fazemos questão de valorizar tudo de bom que é produzido em nossa terra e compõe nossa riqueza cultural!

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

O concerto inaugural em 2008, com músicos brasileiros e estrangeiros, que executaram a sinfonia nº 9 de Beethoven, sob a regência do maestro Fábio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

A sede da Orquestra é a Sala Minas Gerais, no Barro Preto, em Belo Horizonte, construída especialmente para abrigar a Filarmônica. Composta por 90 músicos, realiza apresentações regulares, interpretando grandes obras do repertório sinfônico em séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce e Fora de Série.

Muitas apresentações são gratuitas ou a preços populares: Concertos para a Juventude, Clássicos na Praça, Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca — que promove a criação sinfônica por meio do encontro de nomes consolidados da cena nacional com jovens compositores — e do Laboratório de Regência — uma iniciativa pioneira para que jovens regentes se aperfeiçoem com a orientação do maestro Fábio Mechetti. Há, ainda, os Concertos Didáticos, voltados para crianças e adolescentes, mostrando os primeiros passos para apreciar música erudita.

Em 2012, a Filarmônica teve sua estreia internacional, com uma turnê que passou pelo Uruguai e Argentina, onde lotou o prestigiado Teatro Cólon, em Buenos Aires. Também já passou pelas principais capitais brasileiras e por mais de 50 cidades mineiras, incluindo as regiões Leste, Alto Paranaíba, Central e Triângulo.

Em 2016, ganhou o prêmio de Melhor Orquestra e Melhor Regente no Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento de Minas Gerais, além de outras premiações como “Melhor Grupo Musical Erudito” e “Melhor Orquestra Brasileira”.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

Declarada Patrimônio Histórico e Cultural de Minas Gerais, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais contribui para difundir a música erudita na capital, onde fica sua sede, e também no interior, realizando apresentações de música lírica, óperas e concertos. O primeiro concerto foi em 1977.

Tem como regente titular o maestro Silvio Viegas, e André Brant como regente assistente. Algumas das iniciativas de destaque da OSMG são: Concertos no Parque, Sinfônica ao meio-dia, além do programa Sinfônica Pop, que convida artistas da música popular brasileira para se apresentarem com a Orquestra.

A casa da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é o Palácio das Artes, maior centro cultural da capital, vinculado à Fundação Clóvis Salgado e localizado junto ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

Orquestra Ouro Preto

Foi criada em 2000 como Orquestra Experimental da UFOP. Ruffo Herrera e Ronaldo Toffolo se associaram a instrumentistas que faziam parte do Grupo Trilos e do Quarteto de Ouro Preto, buscando resgatar a vocação musical da mais famosa cidade histórica de Minas Gerais.

Formada por cerca de 20 músicos, recebe ainda outros músicos convidados de acordo com o repertório a ser executado. O Maestro Rodrigo Toffolo é o diretor artístico e regente titular da Orquestra Ouro Preto, que já realizou apresentações nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. As atividades regulares da Orquestra ocorrem no mais antigo teatro em funcionamento das Américas e nas igrejas barrocas que são Patrimônio Cultural da Humanidade. 

Marcada pelo ineditismo e o experimentalismo, a Orquestra busca desenvolver um repertório diversificado em termos de gênero e época, que inclui desde Bach e Vivaldi a artistas brasileiros, como Carlos Gomes, Villa-Lobos, Guerra-Peixe e Ernani Aguilar, além de músicas de jovens compositores que integram o elenco da Orquestra. 

O intuito é atrair um público cada vez mais amplo, promovendo transformações sociais por meio da difusão da arte. Assim como a Filarmônica, faz muitas apresentações gratuitas e a preços populares, além de desenvolver atividades músico-pedagógicas junto à comunidade de Ouro Preto (e seus distritos) para lapidação de talentos da música de concerto.

Com 11 trabalhos registrados em CD e 7 em DVD, a Orquestra Ouro Preto já angariou prêmios como Melhor Álbum de MPB no Prêmio da Música Brasileira em 2015 e indicação ao Grammy Latino em 2007 na categoria Melhor Disco Instrumental por “Latinidade” (2007). Os discos “Latinidade: Música para as Américas” e “Vivaldi – Concerto para Cordas” foram distribuídos mundialmente pela gravadora Naxos, a mais importante do mundo dedicada à música de concerto.

Dois de seus espetáculos mais conhecidos são “Valencianas: Alceu Valença e Orquestra de Ouro Preto”, e “The Beatles”, com arranjos orquestrais inéditos sobre a obra musical da famosa banda inglesa de rock. Em 2020, quando a Orquestra Ouro Preto comemoraria seus 20 anos, havia uma programação para lançar “Valencianas 2” e “Beatles 2”, mas as apresentações tiveram que ser suspensas por conta da pandemia..

Com o isolamento social e as restrições impostas pela COVID-19, as orquestras também precisaram se reinventar e promover lives e apresentações on-line. A classe artística tem sido uma das mais afetadas, então quem aprecia música clássica (ou tem vontade/curiosidade) e puder prestigiar de alguma forma o trabalho das orquestras, procure acompanhá-las nas redes sociais. Essa é também uma ótima maneira de fazer programas culturais sem precisar sair de casa!

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