Regiões boêmias de BH: conheça o estilo de cada uma

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Vamos combinar que não é à toa que BH é considerada a capital dos bares. Fazemos jus àquele famoso ditado (que até virou música):“Já que Minas não tem mar…”. São cerca de 14 mil estabelecimentos especializados na arte de botecar — um para cada 170 habitantes, em média. Se organizar direitim, ninguém fica sem se divertir por aqui, némêz? 

Há várias regiões boêmias espalhadas pela cidade, algumas mais novas e descoladas, outras mais antigas e tradicionais, reunindo bares e botecos de todos os tipos e para todos os gostos. Seja em um barzinho da moda, seja em um botecão raiz, nós, mineiros, adoramos sentar para petiscar e tomar uma com os amigos — de preferência no copo Lagoinha!

Se pedir dicas de pontos turísticos a um belorizontino, certamente ele vai indicar algum bar. Mas nem precisa procurar muito também, afinal, praticamente em cada esquina, cê vai se deparar com um lugarzim bão pra beber uma gelada e comer aquele tira-gosto mineiro, como o famoso torresmo de barriga.

Neste post, reunimos indicações de ruas e bairros boêmios de BH para que você conheça melhor o perfil de cada um e descubra com qual mais se identifica. Vem com a gente!

Santa Tereza

Berço do Clube da Esquina, o famoso movimento musical que surgiu na década de 60, esse bairro da região Leste abriga alguns dos bares mais tradicionais e autenticamente mineiros da capital, como o Bolão, a Parada do Cardoso e o Bar do Orlando, que é o mais antigo da cidade. Já com uma pegada mais moderninha, tem o Birosca, um misto de bar e restaurante.

Em seu entorno, há muitas construções tombadas e muitas histórias, já que o Santê, como é carinhosamente apelidado, foi ponto de encontro de grandes ícones, como Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant, dentre outros. Bastante frequentado, então, por músicos e artistas em geral, o bairro se tornou reduto de bandas mineiras de sucesso, como Skank, Sepultura e 14 Bis.

A efervescência cultural de outrora ainda se mantém viva no bairro, com a realização de shows, festivais, saraus, rodas de samba e sessões de cinema ao ar livre. Alguns desses eventos ocorrem na Praça Duque de Caxias, que tem um amplo espaço verde. A Rua Mármore, próxima da praça, reúne também inúmeros bares. Vale ressaltar, ainda, que no carnaval o bairro fervilha.

Lagoinha

Berço do samba e antiga zona boêmia da cidade, o bairro Lagoinha, na região noroeste, passou por um período complicado em sua história. Isso acabou criando um estigma em torno no bairro, que passou a ter sua imagem associada à violência urbana, tendo sido considerado em determinado momento como um “bairro perigoso”.

Movimentos mais recentes de revitalização, como o Viva Lagoinha, deram nova vida ao bairro, contribuindo para recuperar não só sua vocação boêmia, como também artística e cultural. A rua Itapecerica, uma das mais emblemáticas do bairro, já foi polo de antiquários e venda de móveis antigos. Era nessa rua também que ficava a primeira loja a vender o copo que ficou conhecido em BH como Lagoinha (ou copo americano, no resto do Brasil). Saiba mais dessa história e outras curiosidades de BH neste post aqui! 

Rua Alberto Cintra

No bairro União, região nordeste, fica essa rua que reúne uma quantidade impressionante de bares, concentrados em quatro quarteirões. As opções variam entre os famosos espetinhos — que viraram “febre” na cidade inteira, aliás—, comida japonesa, mexicana, pizzaria, bares com música ao vivo, happy hour etc. 

Tanta diversidade reunida em um só lugar acaba atraindo bastante gente, principalmente nos fins de semana. As calçadas largas e iluminadas muitas vezes não são suficientes para acolher o grande número de frequentadores, que frequentemente tomam a rua. 

Lourdes

Nesse bairro da região centro-sul, você encontra bares mais “arrumadinhos”, para quem curte ambientes assim. É lá que fica um dos botecos mais famosos da capital mineira: o Tizé, um dos points da juventude belorizontina. Perto dali, há uma unidade do Albanos, uma das choperias mais tradicionais de BH. 

Nos arredores, mais uma infinidade de bares, botequins e restaurantes que agitam a vida noturna da região, como o Bar do Lopes e o Armazém Medeiros, que são alguns dos mais antigos e conhecidos do bairro de Lourdes.

Savassi

Uma das principais referências da boemia na capital mineira, na Savassi você encontra diversos bares, restaurantes, cafés, pubs e baladinhas, dos mais variados estilos — desde “copo sujo” até os mais “cool”.

A Praça Diogo Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, concentra vários bares, que atraem o pessoal que trabalha na região para o happy hour, como o Baiana do Acarajé. 

Ali por perto, o Café com Letras, que tem uma vibe mais alternativa, e o Redentor, inspirado nos bares cariocas, são bem tradicionais e contam com mesas na calçada — coisa que o mineiro ama! Outra boa pedida nas redondezas é o Cabernet Butiquim, um bar de vinhos que também tem mesas na calçada — bastante disputadas, por sinal. 

Não podemos deixar de mencionar, ainda, a famosa costela do Bar Ideal, que exibe jogos de futebol em televisões espalhadas pelo são e também é conhecido pelo chope gelado. Por fim, o Rei do Pastel, um clássico dos fins de noite belorizontinos, tem 4 unidades espalhadas pela Savassi.

Rua Pium-í

No bairro Sion, região sul de BH, a rua Pium-í reúne vários bares, um do ladinho do outro praticamente. Alguns vão mudando com o passar dos anos, mas há os estão lá há bastante tempo, como a Choperia Albanos (que tem outra unidade no bairro de Lourdes), a Cia do Boi, a Almanaque Choperia e o Itatiaia Rádio Bar. Em geral, são bares mais sofisticados. 

Assim como no caso da Alberto Cintra, a vantagem é que você pode ir e deixar para decidir em qual bar quer de fato entrar/sentar ao passar observando o movimento de cada um — ou, ainda, ir mudando de bar à medida que a noite avança. Em muitos deles, o pessoal se reúne em pé na calçada, principalmente quando o ambiente interno já está cheio, como acontece bastante no Muu Bar.

Avenida Fleming

Essa avenida no bairro Ouro Preto se tornou um ponto de referência da vida noturna na região da Pampulha de alguns anos para cá. O Filé, especializado em espetos e com capacidade para 700 pessoas, foi o que puxou a fila dos bares que foram se instalando por lá, como Bar e Boi e Amadís, com seus drinks diferentões que atraem frequentadores de outras partes da cidade.

Em praticamente três quarteirões da avenida, é possível encontrar massas, sushis, hambúrgueres, comida mineira, frutos do mar etc. Ou seja, acabou se tornando também uma espécie de corredor gastronômico bastante eclético.

Maletta

Edifício histórico no coração de BH, bem no centro da cidade, o Maletta é sem dúvidas um dos grandes patrimônios da boemia na capital mineira, resistindo bravamente ao correr do tempo, sobretudo como um ambiente democrático e que abraça a diversidade

Antigamente, lá era ponto de encontro de jornalistas, intelectuais e artistas. A tradicional Cantina do Lucas, que tem uma das melhores parmegianas da cidade, foi frequentada por grandes escritores e músicos mineiros, como Murilo Rubião e Wagner Tiso. 

O espaço das galerias do edifício é dividido por lojas, sebos, livrarias, botequins e bares descolados. A varanda no segundo andar é bem disputada, onde uma das opções mais famosas é o DUB, especializado em coquetéis, e que também serve hambúrgueres e petiscos.

Mercado Novo

O “irmão mais novo” do Mercado Central passou por algumas mudanças recentes e vem se consolidando como um dos principais points da boemia na capital mineira.

Após um longo período funcionando basicamente como um prédio comercial, o Mercado Novo em BH passou a abrigar manifestações artísticas e culturais pontuais e começou a dar sinais mais claros de seu potencial para o entretenimento com o Mercado das Borboletas, um espaço de eventos que funcionava no último piso.

Atualmente há uma série de bares que ocuparam lojas antes vazias, sem descaracterizar o espaço e preservando o charme despretensioso do local, com seus cobogós de onde pode-se avistar o pôr do sol apreciando aquela cervejinha artesanal sem frescura. 

A Distribuidora Goitacazes (dos mesmos donos da Cervejaria Viela e do Bar Juramento 202, no Pompeia) foi a pioneira nesse processo de revitalização do Mercado Novo, abrindo caminhos para outros empreendimentos, junto a Cozinha Tupis, da qual é parceira. 

Rua Sapucaí

No bairro Floresta, pertinho do viaduto Santa Tereza, fica essa rua que passou a figurar nos guias turísticos da cidade como um polo de diversão, cultura e arte, com um hype mais descolado. Onde era apenas local de passagem entre o Centro da cidade e a região leste, além dos bares que foram se instalando por lá nos últimos anos, foi criado o primeiro mirante de arte urbana do mundo.

De um lado da rua, os bares: Salumeria, que foi o primeiro a abrir as portas por lá, Dorsé, Butiquim Sapucaí, Mi Corazón, dentre outros (alguns acabaram fechando no decorrer desse movimento de reocupação). Do outro, a balaustrada que encima a estação central do metrô, onde ficava a sede da antiga companhia ferroviária, oferecendo uma vista privilegiada. 

Há quem diga que o skyline da Sapucaí tem o pôr-do-sol mais bonito de Belo Horizonte, fazendo jus ao nome da nossa capital. Assim, se tornou cartão-postal da cidade e já foi cenário de filmes e ensaios fotográficos. Volta e meia, a rua é fechada para a realização de feiras gastronômicas e eventos culturais, e é também um dos points do carnaval de rua em BH.

De comida e bebida boa, mineiro entende! Mas também estamos bem servidos de música, arte e cultura, concordam? Os bairros boêmios de BH são cada vez mais numerosos e espalhados pela capital. Moradores de diferentes regiões não precisam fazer grandes deslocamentos para encontrar um bom agito!

E aí, qual é seu bairro boêmio favorito em BH? Conta pra gente nos comentários!

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